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Você sabe o que é amortização? Esse é um conceito muito importante para quem tem dívidas ou investimentos, pois ele determina como o valor principal é reduzido ao longo do tempo. A amortização pode influenciar o valor das parcelas, dos juros, da rentabilidade e do imposto de renda. Por isso, é fundamental entender como ela funciona e quais são os tipos mais comuns de amortização.
Neste artigo, você vai aprender tudo sobre amortização, desde a sua definição até os seus benefícios e cuidados. Você também vai conhecer os principais sistemas de amortização e como escolher o melhor para cada caso. Além disso, você vai ver exemplos práticos de como fazer o cálculo da amortização em diferentes situações. Não perca!
O que é amortização e por que ela é importante
Amortização é o processo de redução gradual do valor principal de uma dívida ou de um investimento. O valor principal é o montante inicial que foi emprestado ou aplicado, sem considerar os juros ou os rendimentos. A amortização ocorre por meio de pagamentos periódicos que são feitos ao longo do tempo.
A amortização é importante porque ela determina como a dívida ou o investimento vai evoluir ao longo do tempo. Por exemplo, se você tem uma dívida de R$ 10.000,00 com uma taxa de juros de 1% ao mês e um prazo de 12 meses para pagar, você pode amortizar essa dívida de diferentes formas. Uma delas é usar o sistema de amortização constante (SAC), que consiste em pagar parcelas decrescentes que têm o mesmo valor de amortização. Nesse caso, a primeira parcela seria de R$ 1.100,00 (R$ 1000,00 de amortização + R$ 100,00 de juros) e a última seria de R$ 191,67 (R$ 1000,00 de amortização + R$ 8,33 de juros). Outra forma é usar o sistema francês ou tabela Price, que consiste em pagar parcelas constantes que têm valores diferentes de amortização. Nesse caso, a parcela seria sempre de R$ 879,08, mas a primeira teria R$ 120,92 de amortização e R$ 758,16 de juros e a última teria R$ 870,49 de amortização e R$ 8,59 de juros.
Como você pode ver, a forma como você amortiza a sua dívida vai influenciar o valor das parcelas e dos juros que você vai pagar. O mesmo vale para os investimentos: a forma como você amortiza o seu investimento vai influenciar a sua rentabilidade e o seu imposto de renda. Por isso, é importante conhecer os tipos de amortização e saber como escolher o melhor para cada caso.
Amortização de dívidas: como ela afeta o valor das parcelas e dos juros
Quando você faz um empréstimo ou um financiamento, você está contraindo uma dívida com uma instituição financeira. Essa dívida tem um valor principal, uma taxa de juros e um prazo para ser paga. A forma como você vai pagar essa dívida depende do sistema de amortização que foi escolhido.
Existem vários sistemas de amortização que podem ser usados para pagar uma dívida. Os mais comuns são:
- Sistema francês ou tabela Price: nesse sistema, as parcelas são constantes e iguais ao longo do tempo. No entanto, os valores da amortização e dos juros variam dentro da parcela: no início do pagamento, a maior parte da parcela é composta por juros e a menor parte por amortização; no final do pagamento, ocorre o inverso.
- Sistema de amortização constante (SAC): nesse sistema, as parcelas são decrescentes ao longo do tempo. Isso porque o valor da amortização é constante e igual em todas as parcelas, mas o valor dos juros diminui conforme o saldo devedor é reduzido. Assim, no início do pagamento, a parcela é maior e no final é menor.
- Sistema de amortização crescente (SACRE): nesse sistema, as parcelas são crescentes ao longo do tempo. Isso porque o valor da amortização aumenta a cada parcela, mas o valor dos juros diminui conforme o saldo devedor é reduzido. Assim, no início do pagamento, a parcela é menor e no final é maior.
- Sistema americano: nesse sistema, as parcelas são compostas apenas por juros e o valor principal é pago integralmente no final do prazo. Esse sistema é mais comum em operações de curto prazo ou com garantia real.
Cada sistema de amortização tem vantagens e desvantagens para o devedor e para o credor. Por exemplo, o sistema francês tem a vantagem de ter parcelas fixas, que facilitam o planejamento financeiro do devedor, mas tem a desvantagem de ter um custo total maior, pois os juros são calculados sobre o saldo devedor inicial. Já o sistema SAC tem a vantagem de ter um custo total menor, pois os juros são calculados sobre o saldo devedor atualizado, mas tem a desvantagem de ter parcelas maiores no início, que podem comprometer o orçamento do devedor.
Por isso, é importante comparar os sistemas de amortização antes de contratar uma dívida e escolher o que melhor se adapta à sua capacidade de pagamento e ao seu perfil financeiro.
Amortização de investimentos: como ela influencia a rentabilidade e o imposto de renda
Quando você faz um investimento, você está aplicando um valor principal em um ativo que pode gerar rendimentos ao longo do tempo. Esses rendimentos podem ser pagos periodicamente ou acumulados até o vencimento ou resgate do investimento. A forma como você recebe esses rendimentos depende do sistema de amortização que foi escolhido.
Existem vários sistemas de amortização que podem ser usados para receber os rendimentos de um investimento. Os mais comuns são:
- Sistema linear: nesse sistema, os rendimentos são pagos periodicamente em valores iguais ao longo do tempo. Esse sistema é mais comum em investimentos de renda fixa prefixada ou pós-fixada, como CDBs, LCIs, LCAs e debêntures.
- Sistema exponencial: nesse sistema, os rendimentos são pagos periodicamente em valores crescentes ao longo do tempo. Esse sistema é mais comum em investimentos de renda fixa atrelados à inflação, como Tesouro IPCA+ e NTN-B.
- Sistema composto: nesse sistema, os rendimentos são acumulados até o vencimento ou resgate do investimento. Esse sistema é mais comum em investimentos de renda variável, como ações e fundos imobiliários.
Cada sistema de amortização tem vantagens e desvantagens para o investidor. Por exemplo, o sistema linear tem a vantagem de gerar uma renda constante e previsível ao longo do tempo, mas tem a desvantagem de ter uma rentabilidade menor, pois os juros são calculados sobre o valor principal inicial. Já o sistema exponencial tem a vantagem de gerar uma renda crescente e protegida da inflação ao longo do tempo, mas tem a desvantagem de ter uma rentabilidade maior somente no final do prazo. Já o sistema composto tem a vantagem de gerar uma rentabilidade maior no longo prazo, pois os juros são calculados sobre o valor principal atualizado, mas tem a desvantagem de não gerar uma renda periódica e estar sujeito à volatilidade do mercado.
Além disso, é importante considerar o impacto do imposto de renda sobre os rendimentos dos investimentos. Em geral, quanto maior o prazo do investimento, menor é a alíquota do imposto. Por isso, é importante planejar o seu horizonte de investimento e escolher o sistema de amortização que melhor se encaixa na sua estratégia.
Tipos de amortização: quais são os principais sistemas de amortização e como escolher o melhor para cada caso
Como vimos existem vários sistemas de amortização que podem ser usados tanto para dívidas quanto para investimentos. Cada sistema tem suas características, vantagens e desvantagens, e pode influenciar o valor das parcelas, dos juros, da rentabilidade e do imposto de renda. Por isso, é importante conhecer os principais sistemas de amortização e saber como escolher o melhor para cada caso.
Os principais sistemas de amortização são:
- Sistema francês ou tabela Price: é o sistema mais usado em financiamentos imobiliários e de veículos. Nesse sistema, as parcelas são constantes e iguais ao longo do tempo, mas os valores da amortização e dos juros variam dentro da parcela. No início do pagamento, a maior parte da parcela é composta por juros e a menor parte por amortização; no final do pagamento, ocorre o inverso. Esse sistema é vantajoso para quem prefere ter parcelas fixas e previsíveis, mas é desvantajoso para quem quer pagar menos juros no total.
- Sistema de amortização constante (SAC): é o sistema mais usado em financiamentos habitacionais pelo programa Minha Casa Minha Vida. Nesse sistema, as parcelas são decrescentes ao longo do tempo. Isso porque o valor da amortização é constante e igual em todas as parcelas, mas o valor dos juros diminui conforme o saldo devedor é reduzido. Assim, no início do pagamento, a parcela é maior e no final é menor. Esse sistema é vantajoso para quem quer pagar menos juros no total e se livrar da dívida mais rápido, mas é desvantajoso para quem tem dificuldade em arcar com parcelas maiores no início.
- Sistema de amortização crescente (SACRE): é um sistema híbrido entre o francês e o SAC. Nesse sistema, as parcelas são crescentes ao longo do tempo. Isso porque o valor da amortização aumenta a cada parcela, mas o valor dos juros diminui conforme o saldo devedor é reduzido. Assim, no início do pagamento, a parcela é menor e no final é maior. Esse sistema é vantajoso para quem quer ter parcelas menores no início e se adaptar ao aumento gradual delas, mas é desvantajoso para quem quer pagar menos juros no total.
- Sistema americano: é um sistema pouco usado no Brasil, mas comum em outros países. Nesse sistema, as parcelas são compostas apenas por juros e o valor principal é pago integralmente no final do prazo. Esse sistema é vantajoso para quem quer ter parcelas menores durante o período de pagamento e tem certeza que terá recursos para quitar a dívida no final, mas é desvantajoso para quem quer reduzir o saldo devedor ao longo do tempo e pagar menos juros no total.
Para escolher o melhor sistema de amortização para cada caso, é preciso levar em conta alguns fatores, como:
- A capacidade de pagamento: quanto você pode pagar por mês sem comprometer o seu orçamento;
- O prazo da dívida ou do investimento: quanto tempo você tem para quitar a dívida ou resgatar o investimento;
- A taxa de juros: quanto você vai pagar ou receber de juros sobre o valor principal;
- O objetivo financeiro: qual é a sua prioridade: pagar menos juros, ter parcelas menores ou maiores, reduzir o saldo devedor ou aumentar a rentabilidade.
Com base nesses fatores, você pode comparar os sistemas de amortização disponíveis e escolher o que melhor se encaixa na sua situação.
Principais benefícios e cuidados com a amortização
A amortização é um conceito fundamental para quem tem dívidas ou investimentos, pois ela determina como o valor principal é reduzido ao longo do tempo. A amortização pode trazer vários benefícios, como:
- Reduzir o endividamento e facilitar a quitação das dívidas;
- Aumentar a rentabilidade e otimizar os investimentos;
- Planejar melhor as finanças pessoais ou empresariais;
- Aproveitar as oportunidades do mercado financeiro.
- também requer alguns cuidados, como:
- Escolher o sistema de amortização adequado para cada caso;
- Comparar as taxas de juros e os custos totais dos diferentes sistemas;
- Acompanhar o saldo devedor ou o valor investido periodicamente;
- Avaliar a possibilidade de antecipar ou postergar os pagamentos ou resgates;
- Considerar o impacto do imposto de renda sobre os rendimentos.
Portanto, é importante entender como a amortização funciona e quais são os tipos mais comuns de amortização. Assim, você pode tomar decisões financeiras mais inteligentes e alcançar seus objetivos.
Esperamos que este artigo tenha sido útil para você. Se você gostou, compartilhe com seus amigos e deixe seu comentário. E se você quer saber mais sobre como melhorar sua vida financeira, conheça a Vox Fortuna, uma empresa de consultoria financeira que oferece serviços e cursos para ajudar você a investir melhor.
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