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Nossas decisões financeiras pessoais não são puramente racionais, ao contrário. O conceito de finanças comportamentais aborda esse tema: a relação entre nossas emoções e a forma como lidamos com dinheiro.
Você já pensou nisso? Acompanhe este artigo e entenda!
O que são finanças comportamentais
Quando falamos em finanças comportamentais nos referimos ao comportamento financeiro que tem como base sentimentos e emoções. Em outras palavras, trata-se da influência emocional presente nas escolhas econômicas. Essa corrente de estudo se contrapõe à ideia de que esse tipo de decisão é sempre fruto da razão, como se costuma pensar principalmente sobre ações de investidores.
Logo, fica estabelecido um vínculo entre psicologia e economia. Isso quer dizer que não apenas os aspectos inerentes ao indivíduo, mas também questões externas – como a cultura, os acontecimentos noticiados na mídia e outras pessoas – levam muitos a escolhas inconsequentes. Por isso, conhecer a motivação que precede certas decisões financeiras é importante,
Nesse sentido, podemos listar alguns padrões de comportamento ligado às finanças:
- Ancoragem: nossas escolhas são baseadas em valores de referência, por exemplo, quando um produto supervalorizado entra em promoção e nos dá a falsa sensação de economia;
- Efeito manada: é um comportamento coletivo geralmente regido por uma tendência que desperta o desejo de consumo. Vale para produtos, serviços e investimentos;
- Excesso de autoconfiança: as decisões não levam em conta os imprevistos, seguindo a ilusão de que tudo sempre sairá conforme esperado;
- Confirmação: tem relação com a autoconfiança, de modo que o indivíduo toma como verdade informações pouco fundamentadas para validar suas estratégias.
Origem das finanças comportamentais
Em resumo, o conceito surgiu a partir dos estudos de psicologia, a exemplo do artigo Psychologie Économique, de 1902, de autoria de Gabriel Tarde. Outros estudiosos precursores das finanças comportamentais foram Daniel Kahneman e Amos Tversky.
O trabalho deles está situado no campo da psicologia econômica, em que se destaca o artigo “Prospect Theory: An Analysis of Decision under Risk”, publicado em 1979.
Tais obras questionam conceitos da economia clássica, a qual considera que as ações humanas no âmbito financeiro são livres de cargas emocionais, culturais, morais e políticas. Os estudiosos da psicologia econômica estabeleceram, então, que a razão não é a única dimensão que rege as escolhas que fazemos em relação ao dinheiro.
Por que é importante entender sobre o tema finanças comportamentais
A partir do momento em que se toma consciência das decisões emocionais, torna-se mais fácil ter controle sobre a situação. Afinal, o indivíduo desenvolve um olhar mais analítico a respeito de suas finanças e pode compreender em que medida seus sentimentos têm participado de suas escolhas. É sobre pensar antes de agir.
Assim, os hábitos financeiros e estratégias serão repensados, suas emoções serão administradas, e os resultados serão mais satisfatórios.
Como as finanças comportamentais impactam a saúde financeira
É fato que decisões erradas podem levar a consequências drásticas, o que é muito delicado quando se trata de nossos recursos financeiros. Portanto, aquilo que se escolhe no calor do momento e por influência dos nossos receios ou convicções pode levar a resultados indesejados.
As finanças comportamentais auxiliam na compreensão dos nossos comportamentos, pois nos permite reconhecer a origem de nossas preferências por certas atividades econômicas. Tendo isso em mente, é possível realizar uma autoavaliação e ter discernimento na hora de aplicar seus recursos ou definir prioridades no seu orçamento, contribuindo positivamente para sua saúde financeira.
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