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Você olha para a rentabilidade do seu investimento e vê um número positivo, mas será que ele representa um ganho verdadeiro? Nem sempre o que está no extrato significa aumento de poder de compra. Por isso, entender como calcular o retorno real dos seus investimentos é essencial para avaliar se sua estratégia financeira está, de fato, funcionando.
Então, neste artigo, você vai entender o que é retorno real, por que ele importa mais do que o retorno nominal e como fazer esse cálculo de forma simples e prática.

O que é retorno real?
O retorno real representa o crescimento efetivo do seu dinheiro, já descontando os efeitos da inflação. É o que realmente sobra de ganho ao final do período — aquilo que, de fato, aumenta seu poder de compra.
Já o retorno nominal é o número bruto, ou seja, o percentual apresentado na maioria das plataformas: ele desconsidera inflação, impostos e taxas.
Exemplo rápido:
Se seu investimento rendeu 10% no ano e a inflação foi de 5%, seu retorno real foi de aproximadamente 4,76%, e não 10%. Desse modo, a diferença entre os dois pode impactar diretamente sua estratégia de longo prazo.
Por que o retorno real é mais importante?
Porque ele mostra o quanto seu patrimônio está crescendo de verdade.
Rentabilidades nominais podem parecer atrativas, mas sem considerar a inflação, você pode estar apenas preservando (ou até perdendo) valor. Em períodos de inflação alta, por exemplo, aplicações conservadoras podem ter ganho real negativo, mesmo apresentando rendimento positivo no papel.
Entender o retorno real é essencial para:
- Avaliar o desempenho da carteira com clareza;
- Planejar metas financeiras de longo prazo;
- Evitar decisões baseadas em ilusões monetárias;
- Comparar diferentes tipos de investimento de forma justa.
Como calcular o retorno real
O cálculo é simples e pode ser feito com a seguinte fórmula:
Retorno real = [(1 + retorno nominal) / (1 + inflação)] – 1
Exemplo prático:
Imagine que:
- Seu investimento rendeu 12% no ano (retorno nominal);
- A inflação do período foi 5%.
Aplicando na fórmula:
Retorno real = [(1 + 0,12) / (1 + 0,05)] – 1
Retorno real = (1,12 / 1,05) – 1 = 0,0667 ou **6,67%**
Ou seja, embora o número no extrato mostre 12%, o ganho real foi de apenas 6,67%, considerando a inflação.
O que mais deve ser considerado além da inflação?
Além da inflação, existem outros fatores que afetam seu ganho real:
1. Impostos
A tributação sobre investimentos (como IR sobre renda fixa, fundos e ações) reduz seu lucro líquido. Assim, para saber o verdadeiro ganho, é preciso descontar o imposto no cálculo.
2. Taxas de administração e performance
Em fundos, previdência e carteiras geridas, as taxas cobradas pela instituição impactam diretamente o rendimento líquido.
3. Tempo
Rentabilidades são apresentadas em diferentes janelas (mensal, anual, acumulada). Isto é, sempre compare períodos iguais e considere o retorno real anualizado para decisões mais consistentes.
Como usar o retorno real na sua estratégia
- Planejamento de aposentadoria: Se seu objetivo é manter o poder de compra no futuro, então, o retorno real é o indicador mais confiável.
- Comparação de produtos: Use o retorno real para avaliar qual investimento realmente entrega resultado, mesmo que a rentabilidade bruta pareça menor.
- Blindagem patrimonial: Em cenários de inflação alta, priorize ativos que entregam retornos acima da inflação, como commodities, ativos atrelados ao IPCA ou investimentos internacionais.
Lucro nominal ilude, ganho real constrói
Então, saber como calcular o retorno real dos seus investimentos é mais do que uma habilidade técnica, é um critério estratégico. Ou seja, ele separa o investidor que apenas aplica dinheiro daquele que constrói patrimônio com inteligência.
Na Vox Fortuna, todas as estratégias são montadas com base no que realmente importa: crescimento consistente, proteção patrimonial e retorno real.
Fale consoco e tenha uma carteira pensada para o seu futuro, e não apenas para os números de hoje.
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Até o próximo!