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Muito se fala em sustentabilidade e, hoje em dia, essa é uma questão que ultrapassa a barreira dos hábitos cotidianos, atingindo patamares talvez antes inimagináveis. É o caso das finanças sustentáveis. Você já ouviu falar nesse conceito?
Realizar o descarte correto de resíduos, utilizar sacolas retornáveis, reduzir o consumo de carne, economizar energia elétrica… todas essas práticas têm como pano de fundo preocupações e iniciativas socioambientais que visam à preservação do meio ambiente.
Ainda que as atitudes individuais reverberem no coletivo, é preciso ampliar as ações a escalas institucionais e governamentais. É esse o propósito por trás da sustentabilidade financeira, de modo que o crescimento econômico caminhe de mãos dadas com a preservação dos recursos naturais.
O assunto ainda é novidade para você? Não se preocupe, pois, elaboramos este artigo para tirar suas dúvidas sobre a relação entre finanças e sustentabilidade. Acompanhe!
O que são finanças?
Antes de tudo, conceituaremos o termo “finanças”. O significado amplo corresponde ao manejo de quantias em dinheiro, o que engloba todas as movimentações realizadas por indivíduos e organizações de todos os tipos.
Em outras palavras, quando falamos em finanças nos referimos ao ato de administrar fundos, algo que fazemos diariamente. Desse ponto de vista, uma ação corriqueira como escolher um produto no supermercado pelo preço é tão relevante quanto estabelecer metas de vida que envolvem uma grande quantia.
O conceito geral pode ser dividido em algumas áreas:
- Finanças corporativas;
- Finanças públicas;
- Finanças pessoais;
- Sistema financeiro,
- Entre outras.
Características das finanças sustentáveis e títulos verdes
Agora que você entendeu o sentido do termo principal, deve estar se perguntando: mas, onde entra a sustentabilidade? Vamos explicar!
As finanças sustentáveis são aquelas destinadas a atividades que contribuem com questões socioambientais. Trata-se de uma consciência ecológica em torno da gestão de capital por parte de grandes instituições financeiras, sobretudo os bancos.
Essa atitude está relacionada, por exemplo, à concessão de crédito para empresas com iniciativas de conservação da natureza e redução dos impactos ambientais. Nesse sentido, podemos citar o ESG (Environmental, Social and Governance), correspondente a um conjunto de práticas sociais, ambientais e de governança adotadas dentro de uma companhia.
Portanto, quando uma organização comprometida com o ESG recebe subsídios, significa que ali ocorreu uma operação de finanças sustentáveis. Esse tipo de movimentação recebe o nome de green bonds, traduzido como títulos verdes, e torna a sustentabilidade economicamente viável.
Os títulos verdes são papéis de dívida feitos para incentivar o financiamento de projetos que geram benefícios ambientais. Empresas que recebem green bonds normalmente trabalham com energia renovável, baixa emissão de carbono, agricultura sustentável, controle de poluição, entre outras ações do gênero.
Soluções de finanças sustentáveis
Sabendo ser possível promover o desenvolvimento sustentável através do investimento em finanças sustentáveis, resta conhecer as soluções para tal. O BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) é o pioneiro no assunto no país, o primeiro banco brasileiro a emitir títulos verdes internacionais e letras financeiras verdes no mercado nacional.
Outra iniciativa interessante parte do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). A fim de difundir informação e impulsionar as atividades financeiramente sustentáveis no Brasil, o CEBDS, junto ao Febraban, lançou o Guia para Emissão de Títulos Verdes no Brasil.
Além disso, o Banco Central estabeleceu, em 2021, novas resoluções para a regulação bancária, incluindo o ESG na agenda. As novas medidas, como a divulgação obrigatória do Relatório de Riscos e Oportunidades Sociais, Ambientais e Climáticas pelas instituições financeiras, serão adotadas a partir de 2023.
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